31 de maio de 2006

A son asked his father: "Dad, what is politics?"
Dad said: "Look, I bring the money home, therefore I am the Capitalist
Your mother administrates the money, therefore she is the Government
Grandpa watches everything, therefore he is the Union
Our maid is the Working Class
We all want just one thing, your well-being. Therefore you are the People.
And your smaller brother who is still in his nappy, is the Future...
Did you understand that my son?"

The little one thinks, and tells his father he wanted to sleep it over for one night.
During the night the boy wakes up, because his younger brother produces something with an unbearable smell from his nappy and is crying.
As he doesn‘t know what to do, he goes into the bedroom of his parents.
But there is only his mother in her bed, and she is so fast asleep that he does not succeed in waking her up.
So he goes into the bedroom of the maid where he finds his father having fun with her, and grandpa watching them secretly through the window !!!!
All of them are so engaged that they don‘t realize that the boy is standing in front of them.
So the boy decides to go to bed again without having been able to solve the problem.

Next morning the father asks his son if he is able to explain with a few words what politics is.
"Yes", answers the son.
"The Capitalist abuses the Working Class
The Union watches without doing anything,
While the Government sleeps
The People are completely ignored
And the Future is in the shit.
That is politics."
«Chamam-lhe "fitness", o que significa "boa forma",
e normalmente quer dizer "a ginástica"

Na prática, o que acontece é que se passa o dia inteiro no carro ou no escritório, usa-se o elevador e qualquer outra maquinaria de pequena ou grande dimensão que nos impeça de fazer o mínimo esforço muscular.

E depois, normalmente num horário pós-laboral, vai-se para o ginário-piscina-massagens-solárium, para o "fitness" e para a gente se sentir em forma. Entra-se no ginásio, ou seja, um "transpirificador", onde o objectivo é a gente mexer-se só por mexer, sem razão aparente e sem que isso sirva para nada.

Acho que um dos sinais da decadência da nossa civilização é a bicicleta sintética, evolução da velha bicicleta normal, em que uma pessoa finge que está a pedalar pelos caminhos do Gerês enquanto vê uma cassette de vídeo.

E que tal a passadeira rolante, aparelho tecnológico em que um indivíduo pode correr sem ter de sair do mesmo lugar, e com a vantagem de não ter de sentir o cheiro das árvores de um parque ou ver um pôr-do-sol indescritível, mas sem deixar de poder partilhar o próprio suor com o da pessoa que finge correr ao seu lado?

Last but not the least, os "simuladores de subir escadas" (chamam-se mesmo assim), mais uma maquineta diabólica com que uma pessoa finge estar a subir as escadas (embora diga palavrões e maldiga a administração do condomínio sempre que o elevador se estraga e se vê obrigado a subir as escadas a sério...) .

Quando eu era pequeno e ia a casa da minha avó, passava sempre por uma loja de animais. Muitas vezes, na montra, havia uma pequena gaiola com um hamster, e todo o hamster que se preze tem de ter uma roda na gaiola, para poder passar o dia a correr, correr, correr, correr, correr e ficar sempre no mesmo lugar. Nunca considerei o hamster um animal muito inteligente, precisamente por causa desta sua mania de correr naquela espécie de misturador moulinex.

Trinta anos depois, o nosso cérebro tornou-se semelhante ao cérebro de um hamster

(Patrizio, Bilanci di Giustizia)


30 de maio de 2006

24 de maio de 2006

"O desenvolvimento é uma viagem com muitos mais náufragos do que navegantes" Eduardo Galeano

"Há o suficiente para as necessidade de todos, mas não para a avidez de cada um" Mahatma Gandhi

"Cada um de nós é rico em proporção ao número de coisas de que consegue abdicar" Henry D. Thoreau

"Um economista que é só um economista torna-se nocivo e pode constituir um verdadeiro perigo"
F. A. von Hayek

"Quem acredita que um crescimento exponencial possa continuar infinitamente num mundo finito é um louco, ou então um economista" Kenneth Boulding

"Teremos de viver mais simplesmente para permitir que os outros possam simplesmente viver" Ernst Fritz Schumacher

"Todos os objectos que vamos guardando ao longo da vida nunca nos darão força interior. São, digamos, como as muletas de um coxo" Ivan Illich

"O 'desenvolvimento' é como uma estrela morta cuja luz continuamos a receber, embora se tenha apagado já há muito, e para sempre" Gilbert Rist
"Oggi è pacifico che l'unità di sopravvivenza nel mondo biologico reale è l'organismo più l'ambiente. Stiamo imparando sulla nostra pelle che l'organismo che distrugge il suo ambiente distrugge se stesso".

"Hoje já é considerado indiscutível que a unidade de sobrevivência no mundo biológico real é o organismo mais o ambiente. Estamos a aprender às nossas custas que o organismo que destrói o seu ambiente se destrói a si mesmo"

Gregory Bateson

“Primeiro levaram os comunistas, mas não me importei porque não era comunista
Em seguida levaram alguns operários, mas a mim não me afectou porque não era operário
Depois prenderam os sindicalistas, mas não me incomodei porque nunca fui sindicalista
Logo a seguir chegou a vez de alguns padres, mas como não sou religioso também não liguei
Agora levam-me a mim e quando percebi já era tarde.”
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B. Brecht

21 de maio de 2006

Berlusconi e a mulher polícia

http://www.break.com/index/primeminister.html

O video mais inacreditável da política moderna... juro!
"Não podemos esquecer que, na raiz da guerra, há, em geral, reais e graves razões:
injustiças sofridas, frustrações de aspirações legítimas, miséria e exploração
de grandes massas humanas desesperadas, as quais não vêem possibilidade objectiva
de melhorar as suas condições de vida pela via da paz.
Por isso o outro nome da paz é o desenvolvimento.
E do mesmo modo que existe a responsabilidade colectiva de evitar a guerra,
existe também a responsabilidade colectiva de promover o desenvolvimento".
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João Paulo II, Centesimus Annus

Ao faminto pertence o pão que tu guardas.
Ao homem nu, a roupa que fica no teu armário.
Ao descalço, os sapatos que apodrecem em tua casa.
Ao pobre, o dinheiro que fechas no cofre.
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S. Basílio

US Space Command - dominating the space dimension of military operations to protect US interest and investment.

http://www.gsinstitute.org/gsi/docs/vision_2020.pdf

Veja-se na página 6:

«Although unlikely to be challenged by a global peer competitor, the United States will continue to be challenged regionally. The globalization of the world economy will also continue, with a widening between the "haves" and "have-nots".»
RIR É O MELHOR REMÉDIO (às vezes...)

1. Vai ao site http://www.google.pt/
2. Escreve a palavra "failure", que significa falhado em inglês.
3. Em vez de carregar em "pesquisar google", clica em "sinto-me com sorte".
4. Encaminha a todos os teus amigos antes que o Google faça a correcção.

Está do melhor.
O movimento de cidadãos americanos neo-conservadores:
PROJECT FOR A NEW AMERICAN CENTURY

http://www.newamericancentury.org/

«Cuts in foreign affairs and defense spending, inattention to the tools of statecraft, and inconstant leadership are making it increasingly difficult to sustain American influence around the world. (...) We seem to have forgotten the essential elements of the Reagan Administration's success: a military that is strong and ready to meet both present and future challenges; a foreign policy that boldly and purposefully promotes American principles abroad; and national leadership that accepts the United States' global responsibilities.
Of course, the United States must be prudent in how it exercises its power. But we cannot safely avoid the responsibilities of global leadership or the costs that are associated with its exercise. America has a vital role in maintaining peace and security in Europe, Asia, and the Middle East. If we shirk our responsibilities, we invite challenges to our fundamental interests. The history of the 20th century should have taught us that it is important to shape circumstances before crises emerge, and to meet threats before they become dire. The history of this century should have taught us to embrace the cause of American leadership


Fundamental: o Relatório
REBUILDING AMERICA'S DEFENSES

http://www.newamericancentury.org/RebuildingAmericasDefenses.pdf

veja-se na página 51:

«The process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absentsome catastrophic and catalyzing event - like a new Pearl Harbour»

e na página 75:

«The program we advocate - one that would provide American with the forces to meet the strategic demands of the world's sole superpower - requires budget levels to be increased to 3,5 to 3,8 percent of the GDP»


Já ouviram falar no
"911 Truth Movement"?
(www.911truth.org)

Pois uma boa maneira de conhecer aquilo que subjaz ao que nos dizem, é ver os seguintes documentários:

"911 Loose Change - 2nd Edition", site www.loosechange911.com
e depois procurar na net as críticas ao próprio documentário, claro, porque nem tudo corresponde à verdade.

"Confronting the evidence", site www.reopen911.org
e fazer o mesmo.

Ninguém sabe onde está a verdade, claro, e talvez nunca ninguém saberá. Mas atraver-se a fazer todas as perguntas é uma garantia de lucidez e dignidade mental..... é uma terapia contra o domínio total, contra a submissão pela apatia...



SHOOTING DOGS

a não perder, pelo valor de testemunho real que o filme tem

1 de maio de 2006



Infelizmente trata-se da própria filha....

Neoliberalismo: Mitos e realidade

por Martin Hart-Landsberg [*]


«Tratados como o Acordo de Livre Comércio Norte Americano (NAFTA) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) aumentaram o poder e os lucros das transnacionais capitalistas à custa de crescente instabilidade e deterioração das condições de trabalho e de vida. Apesar desta realidade, as afirmações dos neoliberais de que a liberalização, desregulamentação e privatização produzem benefícios sem par foram repetidas tão frequentemente que muita gente do mundo do trabalho aceita-as como verdades incontestáveis. Assim, líderes de negócios e políticos nos Estados Unidos e outros países capitalistas desenvolvidos defendem reiteradamente suas tentativas de expandir a OMC e assegurar novos acordos como a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) como necessárias para assegurar um futuro mais brilhante para os povos do mundo, especialmente aqueles que vivem na pobreza.
(...)
Portanto, se quisermos armar um desafio efectivo ao projecto de globalização neoliberal, devemos redobrar nossos esforços para vencer a "batalha das ideias". Vencer esta batalha exige, entre outras coisas, demonstrar que o neoliberalismo funciona como cobertura ideológica para a promoção de interesses capitalistas, não como estrutura científica para desvendar as consequências económicas e sociais da dinâmica capitalista. Também exige mostrar os processos pelos quais o capitalismo, como sistema internacional, mina os interesses da classe trabalhadora ao invés de promovê-los, tanto no terceiro mundo como nos países capitalistas desenvolvidos.»
Neste artigo, são desmistificados os argumento pró-liberais numa sucessão de cinco capítulos:

1) O mito da superioridade do 'Livre comércio': Argumentos teóricos
2) O mito da superioridade do 'Livre comércio': Argumentos empíricos
3) Neoliberalismo: A realidade
4) A dinâmica do capitalismo contemporâneo
5) China: O caso mais recente de êxito neoliberal

No sexto e último capítulo, "O nosso desafio", o autor conclui:

«Como vimos, argumentos que se dizem capazes de demonstrar que as políticas de livre comércio/livre mercado transformarão as actividades e as relações económicas de maneira a beneficiar universalmente o povo trabalhador estão baseados sobre teorias e simulações que distorcem a actuação real do capitalismo.
A realidade é que números cada vez maiores de trabalhadores estão a ser capturados por processos transnacionais de acumulação de capital cada vez mais unificados. A riqueza está a ser gerada mas os povos trabalhadores em todos os países envolvidos estão a ser confrontados uns contra os outros e a sofrerem consequências semelhantes, incluindo o desemprego e a pioria das condições de vida e de trabalho».

[*] Martin Hart-Landsberg ensina ciências económicas no Lewis & Clark College em Portland, Oregon. É autor de cinco livros, incluindo China and Socialism: Market Reforms and Class Struggle (Monthly Review Press, 2005) e Development, Crisis, and Class Struggle: Learning from Japan and East Asia (St. Martin Press, 2000), ambos escritos em parceria com Paul Burkett.
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Os amantes da guerra

por John Pilger


Os amantes da guerra que conheci em guerras reais eram geralmente inofensivos, excepto para si próprios. Eles eram atraídos para o Vietnam e o Cambodja, onde as drogas eram abundantes. A Bósnia, com a sua roleta da morte, era outro favorito. Uns poucos diriam que estavam ali "para perceber o mundo", os honestos diriam que amavam a guerra. Um deles havia tatuado no braço: "A guerra é divertida!". Postou-se sobre uma mina terrestre.

Por vezes recordo estes tolos quase benquistos quando me deparo com outra espécie de amante da guerra — a espécie daqueles que nunca viram guerra e muitas vezes fizeram todo o possível para não vê-la. A paixão destes amantes da guerra é um fenómeno; ela nunca esmorece, apesar da distância do objecto do seu desejo. Apanhe os jornais de domingo e ali estão eles, egocêntricos com escassa experiência rude, a não ser um sábado em Sainsbury's. Ligue a televisão e ali estão eles outra vez, noite após noite, entoando não tanto seu amor à guerra como seus esforços de vendas por conta de quem os designou. "Não há dúvida", disse Matt Frei, o homem da BBC na América, "de que o desejo de fazer o bem, de levar os valores americanos ao resto do mundo, e especialmente agora ao Médio Oriente ... está agora cada vez mais ligado ao poder militar".

Frei disse isso em 13 de Abril de 2003, depois de George W. Bush ter lançado "Choque e pavor" sobre um Iraque indefeso. Dois anos depois, após um exército de ocupação desenfreado, racista, lamentavelmente treinado e mal disciplinado ter levado "valores americanos" de sectarismo, esquadrões da morte, ataques químicos, ataques com munições revestidas de urânio e bombas de fragmentação, Frei descreveu a notória 82ª Aerotransportada (Airborne) como "os heróis de Tikrit".

No ano passado ele louvou Paul Wolfowitz, arquitecto da carnificina no Iraque, como "um intelectual" que "acredita apaixonadamente no poder da democracia e no desenvolvimento a partir das bases". Tal como em relação ao Irão, Frei estava bem à frente da história. Em Junho de 2003 ele disse aos espectadores da BBC: "Aqui pode estar um caso para mudança de regime também no Irão".

Quantos homens, mulheres e crianças serão mortos, mutilados ou enlouquecidos se Bush atacar o Irão? A perspectiva de um ataque é especialmente excitante para estes amantes da guerra, sem dúvida desapontados com a evolução dos acontecimentos no Iraque.
(...)
Em 2000, o Tribunal Internacional de Crimes de Guerra anunciou que a contagem final de corpos descobertos nas "sepulturas em massa" do Kosovo era de 2788. Isto incluiu sérvios, ciganos e aqueles mortos pelos "nossos" aliados, a Frente de Libertação do Kosovo. Isto significou que a justificação para o ataque à Sérvia ("225 mil homens de etnia albanesa com idades entre 14 e 59 estão desaparecidos, presumivelmente mortos", afirmou o embaixador itinerante americano David Scheffer) era uma invenção. Que eu saiba, apenas o Wall Street Journal admitiu isto.
(...)
Para mim, uma das mais odiosas características de Blair, e Bush, e Clinton, e da sua ávida e burlona corte jornalística, é o entusiasmo de homens (e mulheres) degenerados por derramamentos de sangue que nunca vêm, por corpos estraçalhados que não lhes provocam ânsias de vómito, por morgues amontoadas que eles nunca terão de visitar, à procura de um ser amado. O seu papel é impingir mundos paralelos de verdades não ditas e mentiras públicas. Que Milosevic era um peixe miúdo comparado com assassinos em escala industrial como Bush e Blair cabe na primeira categoria.

(ler todo o artigo)