29 de outubro de 2008

UM NOVO MODELO DE BEM-ESTAR

(...)
Todos percebemos que as sucessivas e crescentemente graves crises que nos vêm atingindo têm como denominador comum o dinheiro:
(...) Deixámo-nos levar pela sede do dinheiro, mas também pelo imediato, pelo fácil, pelo "não estou para me chatear", gastamos acima das nossas posses, não somos capazes de introduzir hábitos mais moderados e sóbrios. Isso, nem pensar, pois daria de nós uma má imagem e até a sensação de sermos uns pobres pelintras.
E o resultado é que andamos muito mais "stressados", multiplicámos o uso de medicamentos psicotrópicos, procuramos sedativos que nos ajudem a ver cor-de-rosa um mundo que não nos agrada. Perdemos a noção do que é realmente importante na vida.
(...) Abandonamos o importante pelo urgente, trocamos o essencial pelo contingente!
Temos sempre tantas coisas "urgentes" que nos impedem de fazer o que é realmente importante.
Encontramos alguém que gostaria que o ouvíssemos um bocadinho (importante), mas já vamos atrasados para uma reunião (urgente). Temos os filhos em casa a precisar de um momento de atenção (importante) mas surgiu um problema no escritório (urgente) e só chegamos noite dentro, cansados e incapazes de um gesto de carinho. Temos amigos a visitar ou a quem telefonar (importante) mas precisamos de acabar um trabalho (urgente) e fica para a próxima. (...)
E assim vamos vivendo uma vida "estúpida" onde não há espaço para o relaxe, o convívio com os amigos, os tempos de silêncio connosco próprios, a contemplação do que é belo, onde só há espaço para as correrias, para as urgências do dia a dia. E mais tarde, quando já não há remédio, descobrimos que realmente levámos uma vida "estúpida". Percebemos tarde demais que com tantas urgências pouco urgentes não saboreámos nem demos a saborear o nosso amor aos filhos.
(...)
E (quem sabe?) se "ao chegarmos ao céu" S. Pedro, antes de nos deixar entrar, não nos perguntará: "Vens para aqui porque é urgente ou porque é importante?" Talvez a gestão correcta deste binómio urgente-importante nos possa ajudar a encontrar um novo modelo de bem-estar. Sim, porque nós fomos criados para sermos felizes.

22 de outubro de 2008

Bem-estar ou bem-ter?

Num mundo onde, anualmente, 40 milhões de pessoas morrem de fome, é necessário que os 20% da população que dissipam 80% dos recursos comecem a consumir menos.
Não poderá haver justiça sem o reequilíbrio desta proporção.
Adoptar consumos mais reduzidos é uma necessidade para reduzir o impacto social e ecológico; a nossa sociedade, de facto, não é sustentável.
(...)
Insustentabilidade significa que o consumo dos recursos, a sua transformação e a geração de resíduos dão-se a um ritmo mais acelerado do que a capacidade de recuperação por parte do planeta.
Se todos os países seguissem o estilo de vida dos países ricos, seriam necessários 5 ou 6 planetas para utilizar como minas e como lixeiras.
(...)
Não poderá haver o necessário para a sobrevivência de todos, se nós não reduzirmos os nossos consumos, quer eliminando o desperdício, quer habituando-nos a um estilo de vida mais simples.
(...) Talvez de início nos assuste a ideia de “ter menos”, mas na realidade estamos a falar de “viver melhor”: com mais relações, mais tempo, mais saúde, mais alegria. Uma família europeia possui em média 10.000 objectos; cada um destes requer tempo para ser escolhido, comprado, arrumado, rearrumado, limpo, protegido, arranjado e substituído. A não ser que sejamos coleccionadores de objectos, tudo isto é tempo a menos que temos à nossa disposição para fazer as coisas de que realmente gostamos.
Está demonstrado que, acima de um determinado limite, a quantidade de bens que possuímos é inversamente proporcional ao grau de satisfação que nos dão. Porque a felicidade nasce da profundidade e do significado de uma experiência, não da sua extensão.

(ler artigo completo)

18 de outubro de 2008

Conhece bem o mundo em que vive?

Se ainda não conhece estas bandeiras, clique sobre as imagens para ver bem os símbolos de cada uma delas

Angola

Burkina Faso


Brasil


Colômbia


Somália


China


EUA


União Europeia

Campanha publicitária de Ícaro Dória, Luis Silva Dias, João Roque, Andrea Vallenti and João Roque (agência publicitária FCB) a favor da revista "Grande Reportagem". A Campanha Stars and Stripes foi premiada com o Leão de Ouro no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, em 2005.

1 de outubro de 2008

O blog de preparação da Audição Pública "Dar voz aos pobres para erradicar a pobreza" está em grande actividade, com artigos muito interessantes que procuram desmistificar a visão culpabilizadora do pobre que é vigente nas sociedades europeias

(vide dados do Eurobarómetro de 2006, que revelam que "Pobreza" e "Preguiça" aparecem na opinião pública frequentemente associadas).

Aconselhamos, pois, o blog: darvozaospobres.blogspot.com