22 de outubro de 2008

Bem-estar ou bem-ter?

Num mundo onde, anualmente, 40 milhões de pessoas morrem de fome, é necessário que os 20% da população que dissipam 80% dos recursos comecem a consumir menos.
Não poderá haver justiça sem o reequilíbrio desta proporção.
Adoptar consumos mais reduzidos é uma necessidade para reduzir o impacto social e ecológico; a nossa sociedade, de facto, não é sustentável.
(...)
Insustentabilidade significa que o consumo dos recursos, a sua transformação e a geração de resíduos dão-se a um ritmo mais acelerado do que a capacidade de recuperação por parte do planeta.
Se todos os países seguissem o estilo de vida dos países ricos, seriam necessários 5 ou 6 planetas para utilizar como minas e como lixeiras.
(...)
Não poderá haver o necessário para a sobrevivência de todos, se nós não reduzirmos os nossos consumos, quer eliminando o desperdício, quer habituando-nos a um estilo de vida mais simples.
(...) Talvez de início nos assuste a ideia de “ter menos”, mas na realidade estamos a falar de “viver melhor”: com mais relações, mais tempo, mais saúde, mais alegria. Uma família europeia possui em média 10.000 objectos; cada um destes requer tempo para ser escolhido, comprado, arrumado, rearrumado, limpo, protegido, arranjado e substituído. A não ser que sejamos coleccionadores de objectos, tudo isto é tempo a menos que temos à nossa disposição para fazer as coisas de que realmente gostamos.
Está demonstrado que, acima de um determinado limite, a quantidade de bens que possuímos é inversamente proporcional ao grau de satisfação que nos dão. Porque a felicidade nasce da profundidade e do significado de uma experiência, não da sua extensão.

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