29 de outubro de 2009

Dançar pelo mundo fora e contagiar

A música é rasca, mas isto tudo não deixa de ser um espectáculo!




Obrigada ao Elogio da Derrota.

27 de outubro de 2009

Lobo Antunes numa conversa sem as devidas pausas.

A Judite de Sousa parece não colher minimamente a beleza do que é dito. Há frases sublimes, que exigiriam pausas, silêncios como no mais profundo de uma conversa.
Ela não as faz, mas nós podemos imaginá-las:

Entrevista a Lobo Antunes.
É longa, eu sei. Mas experimentem os primeiros 7 minutos, e vão ver que só isso já basta para se perceber que não basta e que se quer ver o resto.

E eu que até nem era nada fã dele como homem, como entrevistado.

26 de outubro de 2009

Sensatez num debate de surdos

Racionalismo vs....... Irracionalismo

«Para os que, entendendo a urgência da Salvação, olham para a Escritura assumindo os seus perigos, qualquer concessão à timidez burguesa do racionalismo soa a mariquice. Nesse sentido, há mais relação com Deus no ultrage do herege que na sensatez do sacerdote

Como é que eu admiro este gajo? Isto é que eu não consigo perceber.

25 de outubro de 2009

Viva o mundo (bem) globalizado

Este projecto é mesmo giro: http://playingforchange.com/


Aqui no vídeo está explicado:


Uma das melhores músicas é esta:

23 de outubro de 2009

Será possível...

... limpar Portugal num só dia?

Vejam o que fizeram na Estónia (no vídeo acima) e participem no projecto português:

http://limparportugal.ning.com/

Let's do it!

21 de outubro de 2009

Três novas grávidas em três dias.


20 de outubro de 2009

Crescer por crescer, é a filosofia da célula cancerosa.

Alguns excertos de textos do prof. Dowbor, a quem tive o privilégio de escutar esta tarde:


«As limitações do PIB aparecem facilmente através de exemplos. Um paradoxo levantado por Viveret, por exemplo, é que quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alaska, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas. O PIB mede o fluxo dos meios, não o atingimento dos fins. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo ótima para a economia, e o IBAMA (Ministério do Ambiente) vai aparecer como o vilão que a impede de avançar. As pessoas que jogam pneus e fogões velhos no rio Tieté (S. Paulo), obrigando o Estado a contratar empresas para o desassoreamento da calha, contribuem para a produtividade do país. Isto é conta?»


(O debate sobre o PIB: estamos fazendo a conta errada)




«A convergência das tensões geradas para o planeta tornam-se evidentes. Não podemos mais nos congratular com o aumento da pesca quando estamos liquidando a vida nos mares, ou com o aumento da produção agrícola quando estamos liquidando os aquíferos e contaminando as reservas planetárias de água doce. Isto sem falar do aumento de produção de automóveis e da expansão de outras cadeias produtivas geradoras de aquecimento climático. Quando falamos em crise financeira, portanto, entendemos sem dúvida que se trata de um subsistema que se desequilibrou, e que em consequência “estamos em crise”. Mas ao olharmos de forma mais ampla, constatamos que é sobretudo um sistema que quando funcionava, já era inviável. As soluções têm de ser sistêmicas. »


(Crise financeira: riscos e oportunidades)



Nota: no site dele, encontram na íntegra todos os seus artigos e libros, já que ele, em vez do copyright, defende o "copyleft - the right to copy".

Prisões sem guardas

Agora, até tenho tenho vergonha de dizer que NUNCA me tinha passado pela cabeça que isto fosse possível, pelo menos não a este ponto.

Mas pelos vistos é. Não são palavras bonitas, mas realidade: pelo Amor se recuperam pessoas, sejam elas ladrões ou assassinos.

Vejam aqui a reportagem de 7 minutos.

E aqui, leiam o que escrevi há já 6 anos, num centro de recuperação de toxicodependentes. Tem tudo a ver.

19 de outubro de 2009

Desilusão póstuma

17 de outubro de 2009

Sou contra

Recebi várias mensagens no meu mail:
«Não deixemos passar a oportunidade de fazer a diferença!
Nós damos-te um evento para participares! Vamos fazer a maior concentração de pessoas em Lisboa num dia cheio de actividades!»

É o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e as pessoas querem é marcar recordes do Guiness. Querem é um "evento para participar".

Não gosto nada do Levanta-te!, tenho a dizer.

Das 93000 pessoas que se "levantaram" no ano passado, quantas é que alguma vez fizeram seja o que for pela luta contra a pobreza e a fome? Quantas delas é que estariam dispostas a partilhar o que têm, a sair dos seus preconceitos e comodidades, a trocar o relógio, o telemóvel ou o Ipod por um pedaço de pão para o sem-abrigo que dorme na sua própria cidade, ou quanto mais pelo "pobrezinho" de África?

Quantas aceitariam trocar o nosso sistema económico por outro, que lhes retirasse alguns privilégios para fosse mais equitativo e inclusivo?

Na minha escola, há anos que é assim: é o dia do "Levanta-te", lê-se o manifesto aos alunos logo de manhã, eles levantam-se, voltam a sentar-se, começa-se a aula. E no fim do dia entregamos o número total de alunos da escola à entitade organizadora. Contribuimos para o Guiness.
Levantámos-nos e pronto. Já fizemos a nossa parte.
Ninguém nos pede para pensar em reais soluções para o problema.

"Fazer a diferença"? Poupem-me.

E depois de eu refilar, não me digam que um evento assim "é melhor do que nada". PORQUE NÃO É! Isto é como ensinar mal, como fazer uma obra mal feita. Depois será preciso desmanchar, tapar os buracos, reforçar as paredes. Eu acho, sinceramente, que isto é pior do que não fazer nada, porque transmite uma ideia de solidariedade fast-food, uma ideia tão apetitosa que só com muita experiência de vida se poderá desconstruir.

É como o slogan do Rock in Rio: Por um mundo melhor.
Que irritante!

Será que quem organiza isto acha mesmo que é assim que se muda o mundo?


P.S. Ainda bem que hoje é sábado e o Levanta-te não passará pela minha escola.

16 de outubro de 2009

Perdi o telemóvel

e torna-se claríssimo que sou mais uma filha do meu tempo, com as relações hipotecadas por um mero desleixo.
Nem sei como confirmar o almoço de domingo.
Merda.
E que Cristo não seja o mais importante santo no altar da vossa devoção.

Porque assim não recebem a Cristo.


D. José Policarpo, ontem.

13 de outubro de 2009

A delegação portuguesa expressou a sua opinião

Em Gdansk, nos Dias Sociais Europeus, a delegação portuguesa foi, para mim, a grande estrela do evento. Eramos um grupo de 10 "jovens" (dos 29 aos 40's e picos) e todos nos surpreendemos ao sentir uma profunda união e imediata empatia entre nós (o que não era de todo evidente, visto que antes não nos conheciamos), e ao rapidamente percebermos que não nos identificavamos - quer na forma quer no conteúdo - com o tipo de conferência em que estavamos a participar.
Que não nos sentiamos parte de uma Igreja auto-defensiva, conservadora e desconfiada em relação às transformações do mundo. Uma Igreja que fala em desafios mas trata os temas de forma nada inovadora.
E que queríamos mudança.



No final do encontro, foi-nos pedido um statement e fizemo-lo, de uma forma tão consensual entre nós como nunca antes me tinha acontecido num grupo católico.

Eis o que nele dissemos:


We believe that the future of the catholic church in Europe depends deeply on young people and on the capacity of dialogue with the world outside the church’s "frontiers", dialogue with non-believers, etc... And catholic young people have a key role in this dialogue!

(...)

The challenges of Europe are great, and Christ's values are essential, maybe more than ever! But the church needs to keep up with the continuous evolution of society in order to being able to communicate those values. It needs to listen and to be open to different points of view, instead of assuming a defensive attitude.



Isto pode parecer óbvio, mas infelizmente... ainda não é.
Foi preciso dizê-lo. E até recebemos aplausos.

Os frutos de Gdansk, para mim, não vieram dos Dias Sociais Europeus em si mas deste grupo, que me deu uma inesperada esperança na capacidade da Igreja (Universal mas também especificamente portuguesa) de se renovar.
Temos projectos para o futuro, procuraremos criar algo de novo e arejado, estamos motivados e motivamo-nos uns aos outros.

E tudo isto aconteceu graças às intenções de um Bispo, que escolheu os elementos da delegação precisamente na esperança de que daí pudesse surgir um novo grupo com vontade de inovar.


12 de outubro de 2009

A união que faz a força

Vale mesmo a pena ver este video até ao fim. É uma metáfora extraordinária.





Daqui.

10 de outubro de 2009

President Obama has won the Nobel Prize for Peace -- but that's not his fault

Agora que voltei de Gdansk, posso exprimir o que penso. E cito simplesmente The Washigton Post:


«In blessing President Obama, the Nobel Committee intended to boost what it called his "extraordinary efforts to strengthen international diplomacy and cooperation between peoples." A more suitable time for the prize would have been after those efforts had borne some fruit.
(...)
If anything animates Mr. Obama's critics in this country, it is the impression that he is the focus of a global cult of personality. This prize, at this time, only feeds that impression, and thus does him no favors politically. »


Neste contexto, portanto, a humildade e surpresa com que ele aceitou o prémio só lhe ficou bem. No fundo, ele é uma vítima nesta história, porque torna-se muito mais criticável a partir daqui. E as reacções republicanas à atribuição do prémio têm-no demonstrado.

Mas a questão que há que lembrar é que este prémio não vai a votos. É tipo os Oscars. Porque é que havemos de esperar que corresponda às nossas sensibilidade e expectativas?

O MEC é que o expressou bem, ontem no público:


«A única coisa que não foi dita é a óbvia: as pessoas dão uma grande importância aos prémios Nobel. Discutem-nos como se fossem prémios atribuídos por toda a raça humana. Quando se desiludem com uma escolha, sentem-se traídos. Dá sempre a ideia que há uma raivinha de não terem sido consultados.
Os prémios Nobel são prémios como outros quaisquer. (...) Só porque dão mais dinheiro do que outros - dinheiro que cresceu graças à invenção da dinamite, esse poderoso químico da paz -, não quer dizer que sejam mais importantes. É um prémio concedido por cinco gajos e gajas que não conhecemos de parte nenhuma, nomeados pelo Parlamento norueguês. Toda a gente adora a Noruega, mas calma aí no alvoroço. São cinco incumbidos, coitados. E todos os anos fazem o melhor que podem.

Deixem-nos estar. Reagir como se esses cinco louros representassem a humanidade é representar mal a humanidade. Todos os prémios Nobel são prémios tão banais como os outros prémios. Que lindo seria se só pudéssemos ler os escritores que ganharam o prémio Nobel ou o da Dyrup, se tiver um. »

7 de outubro de 2009

Diário de bordo

A caminho daqui:


Para isto.

E à espera de mais do que teoria, senão não vale a pena.

5 de outubro de 2009

3 de outubro de 2009

Woodstock 69 (iv) - o melhor

"Some attendees to the festival even reported that yelling FUCK was the highlight of the festival for them. This of course is mind boggling to me as I always wanted to be known as a sensitive poet not a person who taught a generation to yell an obscene word."

Country Joe McDonald

Woodstock 69 (iii)

Woodstock 69 (ii)

Woodstock 69 (i)

2 de outubro de 2009

Dois blogs

Fiquei fã:

(para perceber bem do que se trata, dá jeito começar pelo The Beginner's Guide to Zen Habits – A Guided Tour)

Obrigada ao Buli!

1 de outubro de 2009

gosto destas palavras

apiccicaticcio
undo
psiché (lê-se psixé)
Xanxeré
signorina filtro
carofrutta