19 de janeiro de 2010

Exactamente o que eu sinto


«Um padre no Haiti deixou de fazer homilias: "que posso eu dizer?" desabafava ele. Há momentos em que as palavras sobram. Este é um deles. Se o padre não diz nada, eu também não.»






Hoje, às 19h na igreja de Santa Isabel em Lisboa, D. Carlos Azevedo celebrará uma missa pelas vítimas do terramoto. A busca do sentido no meio do absurdo indescritível. Não sei bem que sentido poderá ser este. Mas é importante procurar.


1 comentário:

  1. Não há sentido nenhum, não vale a pena procurar. O mundo tem destas coisas. Muita sorte tem o ser humano de ter chegado a/ou criado uma situação privilegiada em que costuma estar livre de muitos perigos que outros seres vivos enfrentam no dia-a-dia (p.ex., ser pisado por um bicho 100x maior, ser atacado por um mamífero carnívoro...). É bom lembrar de vez em quando que não somos os senhores do mundo. E que Deus não acha (se é que Deus acha - lá estou eu a antropomorfizá-lo) que sejamos mais especiais do que qualquer outro elemento da criação. Especiais para nós próprios, sem dúvida, só porque somos nós, mas não mais especiais do que qualquer outra parte do universo.

    E claro que não estou a dizer que devemos ser indiferentes a quem sofre. É uma excelente oportunidade para nos desafiarmos e ajudarmos quem precisa (com ou sem catástrofes). Não é fácil dizer como.

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