31 de março de 2009
29 de março de 2009
Viajaron al sur.
Ella, la mar, estaba más allá de los altos médanos, esperando.
Cuando el niño y su padre alcanzaron por fin aquellas cumbres de arena, después de mucho caminar, la mar estalló ante sus ojos. Y fue tanta la inmensidad de la mar, y tanto su fulgor, que el niño quedó mudo de hermosura.
Y cuando por fin consiguió hablar, temblando, tartamudeando, pidió a su padre:
28 de março de 2009
27 de março de 2009
excerto dos meus 19 anos
«(...)Não tenho, e não tem ninguém, parece-me, o direito de viver no esquecimento dos outros e de tudo o que tem possibilidade de fazer por eles, se quiser.
As minhas capacidades, todo o meu potencial, são o meu limite e o meu dever – a fronteira da minha acção não deve estar na vontade.
O pôr os meus talentos ao serviço dos outros é minha mais básica obrigação e o sentido mais verdadeiro da minha vida. (…)
Serei fraca e indigna de tudo quanto tenho se não viver neste sentido, se não usar a minha vida para dar vida, a minha fé para espalhar a fé, os meus talentos para dar alento, os meus bens para matar a fome. Se me esquecer, se me esquivar, se desistir, terei ignorado a intuição mais clara que jamais experienciei, terei dito ‘não’ à voz de Deus que me falou. Terei falhado a minha vida.
Tudo me foi dado, tenho de viver de forma a merecer esse tudo. Nenhuma outra atitude, nenhuma outra postura faz sentido senão essa.
Terei de compreender, e ajudar a compreender aos favorecidos habitantes do mundo desenvolvido que a vida é o nosso dom comum, sendo a terra a extensão da nossa comunidade. Que por isso mesmo não pode ser concebível uma existência alienada dos problemas da nossa comunidade. (…) Como caminhar descansados sem sentir o peso desta dívida?
(…) Não posso nunca esquecer que há um laço inquebrantável que une a todas as pessoas, na sua individualidade, na sua diferença, na sua comum dignidade.(...)»
Joana Abreu
16 de Abril de 1999
Cair na real
só um deles é que defendeu que é possível lutar contra o sistema que nos obriga a trabalhar como escravos, que é possível encontrar alternativas, que ninguém tem de aceitar à priori que vai ter horários da 8 às 8, sem tempo para mais nada.
Os outros quatro disseram: "Ilusões! O mundo real não é assim! Tu vais ver!"
E eu pergunto-me, depois de 3 anos com eles a batalhar por desconstruir ideias feitas, esquemas e cadeias, por abri-los às possibilidades reais que nos dá a vida: o que é que ficou?
23 de março de 2009
20 de março de 2009
19 de março de 2009
18 de março de 2009
Amadeu
O homem é criado para louvar,
para que é criado.
honra que desonra,
14 de março de 2009
Onde é que este homem esteve até agora?
13 de março de 2009
As cábulas
11 de março de 2009
Nem mais
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as empresas privadas são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
(...) Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
(...) Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
(...) Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
(...) É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
(...) Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
EDUARDO PRADO COELHO in Público
(artigo que anda a circular na net, para leitura integral aqui)