3 de fevereiro de 2006

Fernando Nobre, Presidente da AMI:

O fim da Pobreza e da Miséria:
uma exigência ética, moral e social mais que justa, imprescindível


Que ninguém tenha qualquer dúvida: sem a erradicação da pobreza e da miséria no Mundo, e em Portugal, ou pelo menos uma demonstração inequívoca duma vontade política determinada em se avançar decisivamente nesse sentido, a sociedade humana caminhará inelutavelmente para a violência e a insegurança extremadas.
Não se trata de futurologia ou premonição mas apenas de um diagnóstico social que receio estar certo. Já o disse e escrevi repetidamente: se não acabarmos com essa grande vergonha mundial, mas também nacional, seremos todos responsáveis pelo advir funesto de graves problemas, cujos sinais já são mais que visíveis: o que se passou recentemente na fronteira de Marrocos com os territórios espanhóis do norte de África (que foram nossos), é apenas só mais um sinal anunciador do que será impossível evitar num futuro próximo.
(...)
Nada poderá impedir que os famintos se atirem contra as barreiras de arame farpado, de minas ou de metralhadoras que supostamente defendem a nossa fortaleza evitando que eles se sentem à nossa mesa, farta de proteccionismo, de subsídios agrícolas que aniquilam povos esquecidos e nos enfermam numa obscena e mortal obesidade. Os famintos encontrarão, como sempre encontraram na História da Humanidade, líderes para os guiarem nessa caminhada de sofrimento mas sem escapatória. Não tenhamos ilusões: tal como no passado, nada poderá impedir a caminhada, o êxodo, de milhões e milhões de pessoas para uma visão do Eldorado que eles fazem do nosso mundo, quando comparado com o seu miserável quotidiano.
(...)
O tempo das palavras terminou. Eis chegado o momento das grandes opções e da acção. Pretendo, com a AMI, com todos vós, filhos do mesmo e único Deus, contribuir com uma microgota para a necessária mudança da nossa Humanidade. Acabar com a Pobreza e a Miséria, também entre nós, é imperioso, é inalienável: é simplesmente uma questão de inteligência, de humanismo. Só assim poderemos continuar em Democracia, em Paz e em Segurança. TEM QUE SER e, como digo aos meus filhos e a mim próprio, O QUE TEM DE SER TEM MUITA FORÇA. TEM MESMO QUE SER. Desculpem-me a veemência.

Fernando de La Vieter Nobre Presidente e Fundador da Fundação AMI
In AMI Notícias

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