O dia 30 de Janeiro foi proclamado Dia da Não-violência em homenagem a Gandhi cuja morte ocorreu justamente neste mesmo dia no ano de 1948. Trata-se de uma iniciativa não-governamental e independente no âmbito mais geral da educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.
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O eixo central do pensamento de Gandhi é a Não-violência (Ahinsa) definida como: «A atitude de renúncia a matar e a causar danos aos outros seres por meio de pensamentos, palavras ou acções». Assim, qualquer objectivo, por mais benéfico que seja, não justifica o uso de meios violentos ou contrários à moral.
Gandhi escreve: «A Não-violência é a maior força que existe à disposição do ser humano. É mais poderosa do que qualquer arma de destruição inventada pelo ser humano, e por mais sofisticada que seja».
A este conceito de Não-violência, Gandhi acrescenta o da «Força da Verdade» (Satyagraha) cuja aplicação consiste na desobediência a determinadas leis consideradas injustas, mas ainda na aceitação disciplinada das sanções previstas pelo legislador, de forma a levá-lo à conclusão da ineficácia e insustentabilidade das suas próprias leis.
(...) Segundo a concepção gandhiana o homem deve assumir plenamente a sua autonomia de ser livre e responsável: deve promulgar ele próprio as leis a que deve conformar os seus pensamentos, as suas palavras e acções (autónomo, vem do grego autos, ele próprio, e nomos, lei – ou seja, aquele que é regido pelas suas próprias leis), sem se remeter a qualquer autoridade exterior, seja ela religiosa, social ou política, que lhe ditaria a sua conduta.
É claro que essa autonomia comporta inevitavelmente a possibilidade de se enganar, mas só correndo esse risco é que, segundo Gandhi, o homem pode chegar à verdade. Para ele, o homem sincero não deixará de corrigir o erro quantas vezes forem necessários. Em contraste a isto, o homem que promete a obediência a uma autoridade exterior é que corre o risco de persistir no erro.
«A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade».
Aquele que procura a verdade deve convencer-se que está sempre na estrada e que nunca chegará ao fim do caminho. A verdade que ele apreende é sempre fragmentária, relativa e parcial, logo, imperfeita. É por isso que o homem nunca deve querer impor a sua verdade aos outros. A regra de ouro é a da tolerância mútua. Opor-se a um sistema injusto e atacá-lo, está correcto; mas opor-se ao seu autor e atacá-lo é tornar-se naquilo que é o seu adversário, um agressor.
adaptado de: http://pimentanegra.blogspot.com/Para consulta: http://www.gandhi.hpgvip.ig.com.br/
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