27 de julho de 2008

Boas notícias



The bright side of the world: IM Magazine


Divulgar o melhor que se faz no mundo
para um mundo melhor


A Nestlé volta a fazer das suas...

Nestlé acusada de gastar 65 milhões de euros para espiar a organização ATTAC


Foi descoberto recentemente que, numa altura em que preparava um livro de contestação à Nestlé, um grupo da Attac Suiça trabalhou durante mais de um ano com uma agente da securitas infiltrada a mando da multinacional. A agente participou em reuniões privadas e entregou informações detalhadas sobre os trabalhos, as pessoas envolvidas e as redes de contactos utilizadas pela organização.

Segundo a empresa de segurança, esta não é uma operação ilegal e não há mal nenhum no facto de uma pessoa se apresentar numa organização com um nome falso. Aliás, a empresa tem mesmo uma divisão de informação sobre individuos e organizações e admite a vigilância de alguns movimentos altermundialistas a mando de empresas multinacionais.

Mais um exemplo de que empresas como a Nestlé não respeitam os princípios mais básicos e de que tem de haver um controlo apertado sobre as actividades de empresas de segurança que agem quase como se fossem agências governamentais, mas sem o aborrecimento de ter de cumprir leis.

Vejam o documentário que deu origem a toda a polémica e o comunicado de imprensa da Attac Suiça (em francês)

http://www.tsr.ch/tsr/index.html?siteSect=500000&channel=#bcid=591402;vid=9209403

http://www.suisse.attac.org/Plainte-suite-a-l-espionnage-d
Publicado por ptattac em 17/06/08

21 de julho de 2008



O que ouvimos ontem....




If it be your will
That I speak no more
And my voice be still
As it was before
I will speak no more
I shall abide until
I am spoken for
If it be your will

If it be your will
That a voice be true
From this broken hill
I will sing to you
From this broken hill
All your praises they shall ring
If it be your will
To let me sing
From this broken hill
All your praises they shall ring
If it be your will
To let me sing

If it be your will
If there is a choice
Let the rivers fill
Let the hills rejoice
Let your mercy spill
On all these burning hearts in hell
If it be your will
To make us well

And draw us near
And bind us tight
All your children here
In their rags of light
In our rags of light
All dressed to kill
And end this night
If it be your will

If it be your will.

Cohen em Lisboa - maravilhoso concerto



19 de julho de 2008

Cova da Moura - Filosofia para crianças





Uma pequenina luz

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da
estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla... em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indefectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha.

Jorge de Sena

12 de julho de 2008

Pela erradicação da Pobreza

A Assembleia da Repúblia discutiu no passado dia 3 de Julho a Petição da CNJP. Grupos parlamentares aprovam proposta que consagra a pobreza como violação de direitos humanos e que obriga à definição de um limiar oficial de pobreza

Os partidos presentes na Assembleia saudaram a iniciativa da Comissão Nacional Justiça e Paz, órgão laico da Igreja Católica em Portugal, pronunciando-se a favor da iniciativa e associando-se à causa, que mereceu a sua aprovação por unanimidade na votação de dia 4 de Julho, no Parlamento.
21 268 assinaturas (em papel) foram entregues ao Parlamento, em Outubro de 2007, solicitando que aquele órgão de soberania reconhecesse que a pobreza é uma violação de direitos humanos, estabelecesse um limiar oficial e criasse um mecanismo parlamentar de observação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas para a sua erradicação.

(ler artigo integral)

9 de julho de 2008

CARTA ABERTA DOS LÍDERES INDÍGENAS

Nós, Jacir José de Souza Macuxi e Pierlangela Nascimento da Cunha Wapichana, líderes indígenas enviados por nossas comunidades e organizações à Europa para divulgar a Campanha Anna Pata, Anna Yan, vimos nesta carta relatar e declarar os resultados de nossa visita.

Iniciamos nossa viagem no dia 16 de junho de 2008, e durante três semanas percorremos os países de Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e Portugal. O objetivo era trazer ao conhecimento da sociedade européia e suas autoridades a situação de aflição que se vive hoje na Terra Indígena Raposa Serra do Sol em Roraima e solicitar apóio e solidariedade com nossos povos.
No mês de Agosto, o Supremo Tribunal Federal deverá julgar 34 ações que ainda contestam a homologação de nossa terra, assinada pelo Presidente da República em abril de 2005, fruto de nosso trabalho, nossa união e do sangue de muitos a quem tiraram a vida nestes anos.

Em nossa viagem, fomos recebidos por Autoridades dos diversos Governos nacionais, bem como Representantes Políticos de Parlamentos e pelo Presidente do Senado italiano. Tivemos também audiências com Autoridades da Comissão e do Parlamento Europeu. Todos eles nos receberam como lideranças indígenas, mostrando com este gesto seu respeito e consideração a nossos povos. (...) Encontramos a solidariedade e apóio de respeitadas personalidades, diversas entidades e organizações de reconhecido prestígio por sua defesa dos Direitos Humanos, da Justiça e da Paz em todo o mundo. (...) Recebemos, em particular, o apóio do Papa Bento XVI, em Audiência realizada no dia 02 de Julho, em que lhe entregamos nosso Documento e recebemos dele o compromisso de ajudar na proteção de nossa terra.
Em todas estas visitas e audiências fomos ouvidos com atenção e generosidade, e de todos eles, com a particularidade de cada encontro e cada responsabilidade, recebemos a seguinte mensagem:

1. Uma solidariedade profunda com os Povos Indígenas, com nossa vida e com nossos direitos, historicamente adquiridos e legalmente reconhecidos na Constituição Federal do Brasil de 1988, na Convenção 169 da OIT e na Declaração da ONU de setembro de 2007. Solidariedade e respeito pela diversidade que representamos para o mundo todo e por nossa contribuição com a preservação e cuidado desta Casa Grande que é a Natureza.

2. A solidariedade e apóio firme ao Decreto de Homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, assinado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de Abril de 2005, como garantia de nossos direitos e sinal inequívoco de firmeza das instituições brasileiras e da nossa Constituição.

(...)

Agradecemos a todas as Autoridades, personalidades, entidades e organizações que receberam-nos, ouviram nossas palavras e apoiaram nossas comunidades e nossa terra.
Agradecemos especialmente a todas as pessoas e entidades que trabalharam junto a nós nesta viagem. Aquelas pessoas que nos acompanharam desde o início da viagem até o final; aquelas que facilitaram os contatos e audiências em cada país; aquelas que nos proporcionaram hospedagem em suas casas.
Nós, povos indígenas, temos o direito e a liberdade de estabelecer amizade e alianças com outros na defesa de nossa vida e nossa terra. E temos a certeza de que os direitos de cada homem e cada mulher serão garantidos com a união e o trabalho de muitos.

Retornamos ao Brasil, em definitivo, felizes de nossa viagem, esperançados e mais firmes na defesa de nosso povo e de nossa terra.

Lisboa, 07 de julho de 2008

Jacir José de Souza MACUXI
Pierlangela Nascimento da Cunha WAPICHANA
Conselho Indígena de Roraima

8 de julho de 2008

Igreja portuguesa apoia manutenção de reserva da Raposa Serra do Sol

Fátima, Santarém, 06 Jul (Lusa)

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou hoje o seu apoio à causa dos índios da reserva da Raposa Serra do Sol, no Brasil, que têm visto o seu território invadido por fazendeiros.
Em mensagem hoje lida em Fátima durante uma cerimónia na nova Igreja da Santíssima Trindade, D. Jorge Ortiga manifestou o “apoio à causa do Povo Indígena da Raposa Serra do Sol”, criticando os que tentam eliminar aquela reserva indígena.
Actualmente, está em apreciação no Supremo Tribunal Federal do Brasil um recurso contra o decreto de homologação daquele território, cuja criação foi assinada em 2005 pelo presidente Lula da Silva.
Agora, perante a contestação dos fazendeiros, o arcebispo de Braga e líder da CEP espera que a justiça brasileira confirme a decisão do Governo federal, que criou um santuário para os índios, no estado de Roraima.
“Que a anulação da homologação nunca aconteça”, sustentou o prelado, subscrevendo assim um apelo da campanha “Anna Pata Anna Yan” (Nossa Terra, Nossa Mãe), uma iniciativa que junta missionários, índios e defensores das causas indígenas pelo direito daqueles povos a gerir parte do território.
No decreto que criou a reserva, foi dado um prazo de um ano para a saída de todos os não-indígenas da área, mediante contrapartidas do governo federal, mas existem ainda muitos fazendeiros que se recusam a sair e continuam a ocupar grandes áreas do território.
Esta cerimónia religiosa contou com a presença de líderes indígenas e de vários participantes de institutos missionários católicos.

4 de julho de 2008

Jacir e Pierângela com o Papa






Indígenas da Raposa Serra do Sol na RTP!

veja aqui a reportagem do telejornal:

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=353417&tema=27

Jacir e Pierângela contra a impunidade e a violência

Os indígenas já chegaram a Portugal!

Ontem foram recebido pelo embaixador do Brasil, pela Dra Maria Barroso (Fundação Pro Dignitate) e por vários líderes parlamentares. À noite foi uma tertúlia no Café Santa Cruz em Coimbra.
Hoje há uma importante Conferência de Imprensa na Casa da América Latina em Lisboa e à noite um encontro em Leiria, no Centro Associativo - Mercado Municipal.
Este fim-de-semana haverá vários encontros em Fátima, por ocasião da Peregrinação dos Missionários.
Na segunda-feira há um encontro de manhã no Centro de Estudos Sociais da Univ. de Coimbra e às 19h o encontro/tertúlia no Cupav (Lumiar, Lisboa) já amplamente divulgado neste blog.

2 de julho de 2008

“Filhos da Amazónia – Diário de um jornalista na terra dos índios”

Lançamento do livro em Leiria, 4 de Julho, às 21,30 no Centro Associativo


Sinopse: Um jornalista português autorizado a viver com as tribos indígenas do Norte do Brasil revela o seu diário neste livro. Os sentimentos, as sensações, os imprevistos e as dificuldades de uma viagem ao lugar onde o conceito de tempo, tal como o conhecemos, não existe. Através de uma escrita simples, despida de objectivos literários, Francisco Pedro desafia o leitor a conhecer uma outra realidade: a realidade indígena. O relato entra nas profundezas da Amazónia, para um contacto com os Yanomami, uma das etnias mais emblemáticas da América do Sul. E faz uma incursão pela área da Raposa Serra do Sol, onde há anos se vive um conflito, com vítimas mortais, por causa da demarcação da terra.


Excertos: "Os jovens e adolescentes dão voltas ao carro, curiosos. Parecem felinos. Os homens estão nus, com o pénis atado à cintura com um cordel. Os que ousam chegar mais perto da viatura movem-se com ligeireza. Assemelham-se a um predador a estudar a presa. Qualquer movimento mais brusco é suficiente para os afastar"
"Exceptuando as crianças, são poucos os que ousam estabelecer contacto comigo. A vida continua e eu sou apenas mais um elemento no interior da maloca. Um verdadeiro estranho, sem mulher, sem fogueira, sem um arco para caçar".
"A cinza resultante desta 'cremação' é recolhida pelos parentes e colocada em pequenas cabaças, que são rolhadas e seladas com mel de abelha. Na festa será misturada com papa de banana e consumida pelos convidados, que assim julgam absorver os dons e a força do morto"
"Os adultos reúnem-se ao centro da maloca e recebem do tuxaua a sua dose de yakoana, um pó alucinogénio extraído das plantas, de cor esverdeada. Através de uma cana, com cerca de um metro de comprimento, o pó é soprado para as narinas do voluntário. Os sinais de libertação espiritual demoram pouco a manifestar-se"


O autor: Francisco Pedro nasceu no ano de 1964, em Pousos, Leiria. É jornalista há 15 anos. O interesse pela cultura indígena levou-o a visitar a comunidade Yanomami, nas profundezas da Amazónia brasileira. E a partilhar os problemas das tribos Macuxi e Wapichana, junto às fronteiras com a Venezuela e a Guiana. Na Colômbia, ignorou os perigos do conflito armado e subiu à Cordilheira Central Andina para contactar directamente com a luta dos povos Nasa e Guambiano. Em território marroquino, deambulou pelas áridas montanhas do Atlas para registar uma das principais tradições berberes: o festival das noivas. Destas aventuras resultaram várias reportagens que publicou em revistas e jornais de expansão nacional e internacional.

Os índios são recebidos por Bento XVI

O Papa garantiu hoje aos dois líderes indígenas brasileiros que "tudo fará" para ajudar e proteger as suas terras na reserva da Raposa Serra do Sol, segundo noticiou hoje a rádio Vaticano.

Na véspera de se deslocarem a Portugal para divulgar a campanha de defesa do direito da terra "Anna Pata, Anna Yan" (Nossa Terra, Nossa Mãe) e denunciar as violações e crimes de que dizem ser alvo na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, Norte do Brasil, os dois delegados entregaram uma carta ao Pontífice apelando à sua intervenção no conflito.
"Faremos tudo o possível para vos ajudar a protegerem as vossas terras", afirmou Bento XVI, durante o encontro que foi mantido em sigilo a pedido do Vaticano, segunda adiantou a mesma rádio.
A reserva indígena da Raposa Serra do Sol tem sido alvo de disputa entre tribos indígenas e seis grandes fazendeiros, que ocupam cerca de seis mil hectares do território e se recusam a sair, considerando que os índios "apenas atrapalham o progresso".
Jacir José de Souza, de 61 anos, da tribo Makuxi, e Pierlangela Cunha, de 32, da tribo Wapixana, coordenadora das escolas da reserva Raposa Serra do Sol, foram nomeados pelo Conselho Indígena de Roraima como representantes dos seus povos, e desde 16 de Junho viajam pela Europa para sensibilizar os governos e organizações para a sua causa.

1 de julho de 2008

No dia 7 de Julho
vai realizar-se um Encontro/Tertúlia
com Dois Líderes Indígenas da Amazónia Brasileira
(da área indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima,)
em Lisboa
no salão do CUPAV
(Centro Universitário Padre António Vieira
- Estrada da Torre, nº26, ao lado do Colégio S. João de Brito, metro LUMIAR)
pelas 19h.

O encontro terá o seguinte programa:

  • 19h - 20h30: encontro com os indígenas Jacir e Pierângela
  • 20h30 - 21h: pausa para sopa e bolinhos
  • 21h - 22h30: Campanha de Assinaturas e formação de uma Plataforma de Solidariedade com a luta dos indígenas da Raposa Serra do Sol.


Para divulgar a situação injusta que estão a viver na área indígena Raposa Serra do Sol, uma delegação de índios da região amazónica da Raposa Serra do Sol está em digressão pela Europa, em campanha contra a impunidade e a violência.
Jacir José de Souza (liderança Makuxi do Conselho Indígena de Roraima - CIR) e Pierlângela Nascimento da Cunha (liderança Wapichana, Coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima - OPIR), que representam todos os índios que lutam pelas suas terras na Raposa/Serra do Sol, vêm divulgar pela Europa a exigência de que o Supremo Tribunal Federal ratifique o decreto-lei de 2005, homologado por Lula da Silva, que reconhece a posse indígena da terra e decreta a expulsão dos arrozeiros que ilegalmente ocuparam as terras indígenas.
Nas palavras de Pierlângela: "Vemos todos os dias como se discute no mundo todo questões como aquecimento global, a água, e nós estamos a ver tudo isso ser destruído na nossa terra".
A embaixada indígena está neste momento em Itália, depois ter estado vários dias em Espanha, Inglaterra e Bélgica procurando recolher apoios para a sua causa.
Chegam a Portugal a 3 de Julho para apresentar a campanha «Anna Pata Anna Yan», isto é, «Nossa Terra, Nossa Mãe».
Estão a organizar-se encontros entre os índios e os líderes políticos portugueses, tal como iniciativas de divulgação na comunicação social e para o grande público.
É neste contexto que, no dia 7 de Julho, haverá o encontro no CUPAV.
Venham!

17.06.2008
DOCUMENTO FINAL
Assembléia Extraordinária dos Povos Indígenas de Roraima


EXCERTO DA CARTA DA RAPOSA SERRA DO SOL E DOS POVOS INDÍGENAS DO ESTADO DE RORAIMA

Nós, povos indígenas reunidos nos dias 10 a 13 de junho de 2008, no Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, após discutirmos sobre a Terra Indígena Raposa Serra do Sol com o tema "Anna pata anna yan" Nossa Terra Nossa Mãe, vimos apresentar nossas demandas, propostas, sugestões e reivindicações amparadas pela Constituição Brasileira.



1. Nossa Terra é nossa Mãe, não se tira os filhos de sua mãe;

2. A Terra Indígena Raposa Serra do Sol - RR é relevante para todos os povos indígenas de Roraima e do Brasil, fundamental para a consolidação dos Direitos Humanos.

4. Hoje somamos 19.025 (dezenove mil e vinte cinco) populações indígenas daqui a alguns anos seremos mais, e a terra continuará a mesma. Durante trinta anos a terra foi estudada e analisada passando por todos os processos legais e judiciais, finalmente no ano de 2005 Raposa Serra do Sol foi declarada posse permanente dos povos indígenas confirmando o direito de usufruto exclusivo conforme o parágrafo 2º da CF e através da portaria 534 /05-MJ e homologada pelo decreto presidencial de 15/04/2005, obedecendo os dispositivos amparados nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal de 1988;

5. Apesar da nossa terra Raposa Serra do Sol está regularizada e legalizada ainda sofremos e vivemos sob ameaças, ataques, tentativa de homicídios, intranqüilidades com sons em altos volumes, transito de motoqueiros alcoolizados e pistoleiros armados. Crimes estes cometidos continuamente contra as comunidades indígenas, intensificado ainda mais, após a suspensão da operação UPATAKON 3. Os que continuam provocando esses atos de violência são os mesmo que atacaram os irmãos indígenas no dia 05/05/08 com tiros e bombas caseiras;

15. A 37 (trinta e sete ) anos de luta, sofrimentos e opressão vemos nossos direitos sendo violados e transgredidos. Esperamos pacientemente e confiantes na justiça Brasileira na esperança de vermos nossa terra livre de invasores e malefícios.


(leitura integral do documento)