Parece-me incontestável.
Na América Latina e em África a solução é simplesmente a quebra do celibato à luz do dia, com o padre a viver com uma "prima" numa casa cheia de "sobrinhos". É claro que esta solução, que aproveita o facto de as sociedade latinoamericanas e africanas, no geral, se escandalizarem menos do que nós com uma situação moralmente heterodoxa, está longe de ser adequada. Quebrar regras que jurámos respeitar (e um padre, através do sacramento da ordem, está a fazer um "contrato" com a Igreja e com Deus, tal como dois noivos quando se casam), é sempre errado. Se já não consigo respeitar o celibato e quero entrar numa relação amorosa e sexual com alguém, tenho toda a liberdade de o fazer, mas então deixo de ser padre, como é evidente. Tal como, num namoro ou num casamento, se deixo de gostar do meu companheiro, com quem me comprometi, e tenho uma atracção descontrolada por outra pessoa, primeiro esclareço as coisas com quem de direito e interrompo a relação, terminando o compromisso a que devo ser fiel, e depois dou largas ao meu desejo.
No entanto, apesar de eu não concordar com este facilitismo com que os padres quebram as regras nestes outros continentes, sempre tenho a impressão de que há menos hipocrisia, e provavelmente menos desvios graves, do que aqui, onde os impulsos sexuais são equivalentes, mas a repressão dos mesmos é maior.
Portanto, não será melhor revogar a lei do celibato obrigatório como advoga Hans Küng? [ Ver em: http://bit.ly/bxSppF ]
ResponderEliminarConcordo plenamente.
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