13 de março de 2010

Desadequada

Conto-vos uma coisa, para ver se a exorcizo.
Gosto de uma pessoa. É uma pessoa que me cativou. Nada de amoroso, nada de turvo, puro gostar e apetecer uma amizade. Com aquele calor bom dos sentimentos vivos.
Mas depois de um início que aparentou reciprocidade, veio o tempo da fuga. O tempo do corte. Sem razão que eu perceba, fui excluída da sua vida. Talvez não goste de mim ou talvez goste demais. Mas o certo é que eu não sei, e agora na sua presença sinto-me cada vez mais sozinha. Desadequada.
É uma pessoa que brilha e a relação entre nós envolvia-me nesse brilho. A falta dela ofusca-me, e a sua indiferença apaga-me.
Fico triste, de uma melancolia cinzenta, esbatida.
Destas coisas não se fala, raramente ouvi nos outros confissões de amizades frustradas, afectos não correspondidos.
Mas eu tenho esta ferida, que dura, que preciso de limpar.
Se alguém souber curar esta solidão, por favor, partilhe.

5 comentários:

  1. Se gosta, a faz sentir bem, a completa, a ilumina, lhe dá "vida" - lute! Se não, lute e descubra na mesma. Para saber o possível é preciso que se tente! Dentro de você existe um poder bem maior do que você pensa, o futuro é um presente que a vida lhe ofereçe, simplesmente descubra. Não se prenda nesse medo de errar, é a errar que se aprende. Fale, exprima-se, "evolua". Agarre as pessoas que ama, agarre essa pessoa. Não pare, o sol já sai. Vá rindo, vá na sua, vá na boa, vai vencer. Simplesmente vá, de peito aberto.

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  2. uma resposta...

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  3. Caro anónimo, teria todo o gosto em responder se percebesse a pergunta...

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  4. Ah sim, então está bem...

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