13 de junho de 2009

Há pessoas que me enchem por dentro de uma maneira desproporcionada.

Amigos que por me serem amigos me compensam de todas as lacunas.

É a fidelidade daquela que nunca falha e me ensina o essencial todas as vezes.

A excitação brilhante de outra, sempre alegre, que me traz o melhor da minha própria juventude.

As mensagens imprevistas daquela que nunca se esquece de mim e agradece os momentos.

A riqueza interior, quase irreal, daquele que dá tanto quanto recebe.

A parsimónia cauta das dádivas do outro, aquele que rebentou todas as fronteiras.

As confissões sofridas daquela que, antes, nunca tinha falado.

A aparente segurança de outra que afinal era tão frágil como eu.

Os soluços daquele que não teve vergonha de chorar.

E as reacções imprevisíveis daquele que nunca compreenderei e por isso mesmo me parece incoerente.

Todos me enchem, todos elastificam este coração fraco fraco fraco, tão fácil de magoar.

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