É um personagem/escritor que me enternece profundamente, aquele a quem ouvi dizer, num encontro sentados no chão:
"A beleza é um extra que não estava previsto na ordem do mundo. Por que é que há-de também belo, o mundo? E no entanto, é essa a sua substância".
É aquele que acorda à cinco da manhã para traduzir pedaços do Antigo Testamento directamente do hebraico antigo que tem vindo a pulir, como pedras provindas directamente do tempo de Abraão: "As palavras que lia de manhã, quando trabalhava como operário, tinha-as como companhia para todo o resto do dia. Remastigava-as no trabalho das obras e fazia como se fosse um caroço de azeitona que me ficava na boca."
Aqui a entrevista feita pelo António Marujo.
Esteve em Lisboa e eu não dei por nada.
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